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Para satisfazer a sede de cultura dos seus visitantes, esta antiga freguesia tem para oferecer, o Mosteiro de Santa Maria de Semide, o Santuário do Divino Senhor da Serra, a Igreja Matriz e a Misericórdia de Semide.
Do opulento Mosteiro de Santa Maria de Semide, já pouco resta actualmente. A parte mais antiga que resiste as vicissitudes dos tempos é o claustro, datado da década de quarenta do século XVI. O incêndio de 1664 devorou a maior parte do edifício, que foi reconstruído e inaugurado, com a nova Igreja, em 1697.
Encerrado aquando da extinção das Ordens Religiosas, ai se instalou a Escola Profissional de Agricultura, sob a alçada da então Junta Distrital, por iniciativa de Bissaya Barreto.
Um novo incêndio, em 1964, queimou toda a ala poente do edifício.
A parte do claustro velho, a cãs do Capitulo, a sacristia e uma sala contigua onde se encontravam algumas imagens, alfaias religiosas, livros e documentos que não puderam ser retirados, foram também recentemente destruídas por outro incêndio, que deflagrou em 16 de Agosto de 1990.
Do que ainda resta, salienta-se a Igreja com retábulo e cadeiral em madeira, de finais do século XVII, algumas esculturas dos séculos XVII e XVII e o altar-mor, também datado do século XVII. O óragão de tubos, por outro lado, é uma bela peça de século XVIII.
Pela sua antiguidade, o Mosteiro de Semide, erigido no século XI, é considerado o monumento edificado mais importante de todo o Município.
O Santuário do senhor da Serra, no monte com o mesmo nome, é dedicado ao Santo Cristo, cuja devoção teve inicio num vulgar cruzeiro de caminho que, a pouco, se transformou na romaria que hoje o caracteriza.
A Capela é um edifício de uma só nave, cuja torre se levanta a meio da frontaria, rasgando-se na base o portal, que remata em pirâmide. A capela-mor poligonal é de tipo nitidamente romântico. O retábulo principal em madeira, flamejante, foi inspirado no da Sé Velha de Coimbra, desenhado por António Augusto Gonçalves e executado segundo a direcção de João Machado (pai).
Os retábulos colaterais pertencem a demolida Igreja da Misericórdia de Coimbra, sofrendo algumas adaptações, são construídos por colunas torcidas, datada do século XVIII.
A Imagem do Santo Cristo é um crucifixo em pedra, tipo setecentista, que mostra na base as inscrições seguintes: “1704 e R(eforma) do 1862”. O púlpito, seisecentista, é criundo da Sé Velha. Os vitrais e azulejos exteriores (ex-votos), por sua vez, foram executados na Escola de Avelar Botero, de Coimbra.
Publicado por: União de Freguesias de Semide e Rio Vide
Publicado em: 05-01-2025 às 13:03