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Fotografias Rio Vide


A historia desta antiga  freguesia anda ligada à gafaria de Coimbra. Foi esta leprosaria fundada e construída em execução do testamento de D. Sancho I, de 1210. O nome provirá da existência de um rio (Rio Torto), cujas águas, consideradas curativas, eram bastante procuradas por pessoas doentes (rio de vida), nomeadamente gafos. Anteriormente, em 1201, já Rio de Vide recebera carta de foro ou povoamento, que D. João I confirmou em 1385. O cura da igreja era apresentado pelo vigário de Foz de Arouce, o que indica dependência do Mosteiro de Lorvão.

A freguesia pertenceu, até 1839, ao concelho da Lousã. A partir de 1840 passou a fazer parte do concelho de Semide, entretanto extinto em 1853.. Os casais que a gafaria ai tinha ficavam em Rio de Vide, no Vidual (Viduais) da mesma freguesia, e no lugar das Cortes da freguesia de Semide. Dom Afonso V confirmou por duas vezes os privilégios dos lavradores dos ditos lugares. O cura da igreja era apresentado pelo vigário de Foz de Arouce, o que indica dependência do Mosteiro de Lorvão.

A igreja paroquial tem S. Tiago por titular. A invocação parece-nos estar relacionada com o facto de este ser um caminho utilizado pelos peregrinos que se dirigiam à nortenha Santiago de Compostela. É uma construção modesta, com torre à direita, sobre um arco e passagem. Aqui se conserva um modesto retábulo delineado pelo arquitecto Rodrigo Franco, em 1746. O altar-mor, os dois colaterais e mais dois na nave são modernizados uns, outros feitos de resto de talhas antigas. As esculturas são correntes destacando-se S. Tiago, o padroeiro, no altar-mor, escultura de pedra o séc. XV, vestido de túnica e manto e apóstolo, só com as insígnias de romeiro, a bolsa a tiracolo e o bordão; uma obra de grande qualidade. Existe ainda uma Nossa Senhora com o Menino, do séc. XVII. Um dos sinos tem data de 1784, em cujo castalho gravaram a de 1780; outro está assinado por António Dias de Campos Sorrilha, Cantanhede, e o ano de 1896, vendo-se igualmente na madeira o de 1896.

Na parte alta da povoação existe a capela do Senhora da Agonia, onde se percepcionam alguns elementos da Renascença reempregues. No cume da empena tem uma figura de vulto, a que o povo chama o “santo das abóboras”.

A freguesia pertenceu, até 1839, ao concelho de Lousã. A partir de 1840 passou a fazer parte do concelho de Semide, entretanto extinto em 1853.

Publicado por: União de Freguesias de Semide e Rio Vide

Publicado em: 04-01-2021

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